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Campus Alta Floresta encerra Projeto de Extensão de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para Surdos – Básico.

Publicado por: Campus Alta Floresta / 23 de Maio de 2017 às 16:18

No mês de maio encerrou-se mais um projeto de extensão desenvolvido pela Tradutora e Intérprete de LIBRAS, Camila Zilio Lisbôa, no CEEDA – Centro Educacional Especializado em Deficiência Auditiva.

A realização deste projeto se justifica no Censo 2010 (IBGE, 2010), onde no município de Alta Floresta existia 1.838 pessoas com alguma dificuldade auditiva, 427 pessoas com grande dificuldade auditiva e 44 pessoas com surdez profunda, totalizando 2.309 pessoas com algum grau de comprometimento na audição. Partindo desta realidade o Campus Alta Floresta, procurando atender as necessidades locais, ofertou o Curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para surdos – Básico, no CEEDA, que atualmente atende 91 alunos surdos, e apesar de ter parcerias firmadas com a prefeitura municipal e o Estado, passa por dificuldades pela falta de Instrutor e ou professor de LIBRAS para atender a demanda de alunos quanto ao ensino da Língua Portuguesa através do bilinguismo.

“A Língua Portuguesa ainda é a língua significada por meio da escrita nos espaços educacionais que se apresentam à criança surda. Entre os surdos fluentes em português, o uso da escrita faz parte do seu cotidiano por meio de diferentes tipos de produção textual, em especial, destaca-se a comunicação através do celular, de chats e e-mails. No entanto, atualmente a aquisição do português escrito por crianças surdas ainda é baseada no ensino do português para crianças ouvintes que adquirem o português falado. A criança surda é colocada em contato com a escrita do português para ser alfabetizada em português seguindo os mesmos passos e materiais utilizados nas escolas com as crianças falantes de português. Várias tentativas já foram realizadas, desde a utilização de métodos artificiais de estruturação de linguagem até o uso do português sinalizado, porém nenhuma delas tão eficaz quanto o ensino através do bilinguismo.” Camila ressalta que “o bilinguismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a tornar acessível à criança, jovem e adulto duas línguas no contexto escolar. Os estudos têm apontado para esta proposta como sendo a mais adequada para o ensino de surdos, tendo em vista que considera a Língua de Sinais como língua natural e parte desse pressuposto para o ensino da língua escrita. É partindo desta realidade que buscou-se promover no Instituto Federal de Mato Grosso – Campus Alta Floresta, o curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para surdos – Básico, apresentando alternativas específicas voltadas às necessidades educacionais e profissionais dos alunos surdos, promovendo estratégias que permitam a incursão e o desenvolvimento da escrita prática da primeira língua oficial do Brasil, dando oportunidade aos surdos para se comunicarem com autonomia em seu cotidiano, em conformidade com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002, regulamentada pelo decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005.”

Este é o 7º (sétimo) curso ofertado aos alunos com surdez ou deficiência auditiva do CEEDA, dentre eles 4 (quatro) cursos FICs (LIBRAS – Básico, Intermediário, Língua Portuguesa e Cultura Brasileira – Básico e Intermediário) e 3 (três) projetos de extensão (LIBRAS – Básico para crianças com surdez, LIBRAS – Básico – surdos lecionando, e Língua Portuguesa e Cultura Brasileira – Básico) onde apenas o primeiro projeto foi desenvolvido no Campus. Vale ressaltar que outros 2 cursos FICs de LIBRAS – Básico, já foram ofertados à comunidade ouvinte no Campus Alta Floresta.

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