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“As inflexões no processo educativo”: A importância do estudo sobre as teorias de gênero para a liberdade das relações entre homens e mulheres

Publicado por: Campus Alta Floresta / 27 de Setembro de 2022 às 19:04

O mês de setembro possui uma extensa agenda feminista, e, em atenção ao Dia Internacional de Ação pela Igualdade da Mulher, celebrado em 06 de setembro, foi realizado o seminário 'Gênero, diversidade e afetividade: desafios e possibilidades no processo socioeducativo', no último dia 05 de setembro, em mais uma iniciativa do Serviço Social e das Coordenações de Curso do IFMT - Campus Alta Floresta. Participaram cerca de mais de 200 pessoas da comunidade escolar e a presença feminina durante o evento foi majoritária.

Como assistente social, palestrante e também servidora do IFMT, a proposta foi proporcionar as(aos) estudantes, trabalhadores e trabalhadoras, um espaço de reflexão sobre os caminhos possíveis e necessários para se desconstruir alguns mitos sobre os estudos de Gênero e sensibilizar as pessoas sobre a temática e sua relevância no enfrentamento de muitos problemas que se materializam não só no cotidiano escolar, mas em todas as relações estabelecidas, como: preconceitos, violência contra a mulher, assédio, bullying, o racismo e todas as outras formas de discriminação.

De onde viemos, onde surgiu essa inquietação sobre qual espaço uma mulher, um homem, um indígena, uma pessoa preta, com deficiência ou mesmo com distúrbio de aprendizagem deve ou não ocupar e onde se quer estar, como é ‘SER’? São algumas das respostas que buscamos quando consideramos Gênero nas relações sociais, porque, na maioria das sociedades, a desigualdade entre homens e mulheres se expressa das mais diferentes formas e nos diferentes espaços sociais (na família, no mercado de trabalho, na política, no ambiente acadêmico).

Falar de Gênero é uma abordagem importante e deve ser compromisso de todas as pessoas, do ponto de vista científico, para superar as “inflexões no processo educativo” e os aspectos psicossociais destrutivas das relações que estabelecemos ou nos sujeitamos dentro das instituições.

Nesse cenário, as experiências perversas que são apresentadas pelas mulheres, principalmente, as mulheres negras periféricas, indígenas e grupos LGBTQIA+, ao longo da história humana, traz à tona a complexidade da vida, pois é no cotidiano que a igualdade de gênero se consolida.

Aspectos esses puderam ser observados durante a dinâmica “As amarras de Luizinha”, na qual algumas pessoas da plateia são chamadas à representar personagens da vida e rotina cotidiana de Luizinha. Esta atividade é utilizada para demonstrar algumas manifestações e comportamentos repressivos, de falta de espaço e sua conquista.

Quando se compreende que discutir gênero não é impor uma orientação sexual, mas contribuir para a desnaturalização das desigualdades sociais, articulando questões étnico-raciais, de diversidade, identidade, territorialidade e saúde, como parte do processo educativo para a igualdade social, estamos ainda, atribuindo a nós educadores (as) um propósito, dentro da perspectiva dos estudos de gênero, que é garantir o respeito à vida, à liberdade e à intimidade da pessoa humana, assim como está na Constituição Brasileira, na Declaração Internacional dos Direitos Humanos, no Tratado de Yogyakarta, no Pacto de São José de Costa Rica e outros tantos acordos internacionais.

Por: Gheysa Maria Pereira Lima Eickhoff

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